domingo, 29 de março de 2015
Me olho no espelho e vejo meus pais, vejo a semelhança, vejo o rosto de um e de outro e penso tudo misturado em mim. Ouço minha voz e ouço minha mãe, me percebo sendo engraçada e vejo meu pai. Olho mais um pouco e vejo a criança que já fui, alegre e sapeca, vejo a adolescente que já fui, tímida e confusa. Olho de novo e vejo a jovem adulta que sou e penso nos meus planos, penso em todo caminhar. Volto a olhar e lembro como meu jeito se parece com meu pai e minha mãe e me assusto, me assusto ainda mais quando me vejo fazendo o que não gosto neles e aí, me dá um arrepio. Uma amiga diz sempre que os filhos são sempre melhores que os pais e acrescento que os filhos podem superar os pais, tentarem trabalhar resquícios dos avôs que também afetam de certa forma. Desabrochar o que os pais não puderam. Deixar mais leve as críticas e exigências. Tratar a vida com bom humor e refletir sobre os acontecimentos. Ter bons hábitos, alimentar relacionamentos saudáveis.
Puxa, estou ficando mais velha. E penso em ter seres melhores que eu um dia, que dia? Desejo e dúvida, amadurecimento e condição.
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