terça-feira, 4 de outubro de 2016

Luto! Luto dói, acho que é a pior dor que existe, porque traz sensação de desamparo e de medo, mas traz alivio, movimento, mudança. E fazemos contato com nossa criança ferida e solitária. E vemos que existe um adulto ferido como todos e que não somos pior e nem melhor que ninguém, que somos diferentes, mas também somos iguais. Iguais na ferida e na fome de amor, de amar. Na necessidade de curar e de ouvir a inteligencia interior, no desejo do amor permear tudo e sair curando a todos. A morte de algo é sempre a possibilidade do nascimento do novo. No luto vi que onde tem medo, tem alegria também, e mais ainda, tem coragem. Havia um acordo de proteção para nos manter vivos e agora morremos para a reforma acontecer. Eu imploro: fique vivo! Eu viverei bem sem você. Enfim, o luto tem a ver com o exercício em viver feliz nas impermanências e crescer, e perdoar, e amar, e por bem, agradecer.